iluminada

Subia a rampa, manca. A lâmina de ferro atracada ao pé esquerdo a suspendia a cada passo. Uma fina linha de arrepio chegava ao lado esquerdo do seu peito. Seu coração flutuava pra frente e pra trás. Prestava atenção nas sombras das folhas nas paredes. A Lua estava achatada no céu, como se estivesse pisada. Ela era uma lanterna antiga pro povo que vivia ali, há muitos e muitos séculos.

Quando parava pra descansar, pensava.

Quantos anos seriam?

Ferida, inventou a astronomia.

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meu nome é Luria. sou discípula de manoel de barros e um beco sem saída com histórias guardadas no peito pra serem descarregadas, ora em palavras, ora em imagens.

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