nove de novembro

 às vezes eu torço pra que a energia da cidade acabe

e, no escuro, eu possa imaginar que toda a serra aqui é o mar.

quando tem vento eu fecho os olhos e simulo a maresia;

como se ela fosse um cheiro no cangote que eu ganho do moreno.

se uma gota de chuva cai no meu rosto

eu atinjo o nirvana.



Share this:

meu nome é Luria. sou discípula de manoel de barros e um beco sem saída com histórias guardadas no peito pra serem descarregadas, ora em palavras, ora em imagens.

0 comentários:

Postar um comentário